SEMINÁRIO: AIKIDO E SEGURANÇA PÚBLICA
“Nem cora o livro de ombrear com o sabre,
Nem cora o sabre de chamá-lo irmão”
Foi realizado, nos dias 12 e 13 de Junho de 2010, no ginásio do Clube dos Oficiais da Polícia Militar (COPM), o 1.º Seminário de Aikido e Segurança Pública.
Eu tive a felicidade de estar lá!
Cerimônia de abertura: o respeito. O Hino Nacional. As homenagens. As demonstrações. Tudo bonito!
As aulas de Aikido em suas diversas formas (Tai Jitsu, Ken Jitsu, Jo Jitsu); as aulas de Primeiros Socorros (hipóteses de traumatismos, hipóteses de mal súbito); os treinamentos; a dedicação dos praticantes. Tudo bonito!
Há alguns anos, quando trouxemos a Belo Horizonte o Shihan Masatake Fujita, Secretário Geral da Fundação Aikikai (Hombu Dojo, Tóquio), ele nos acompanhou numa interessante visita às instalações da Academia da Polícia Militar, e mostrou-se extremamente interessado na filosofia da PM, que visa a proteção do cidadão (mesmo quando infrator, tornando-se uma pessoa sob custódia do Estado).
Um pouco mais tarde, naquele mesmo dia, quando iniciamos o seminário a ser dirigido por ele, em sua fala (Traduzida pelo Sensei Furuyama) destacou a semelhança entre as filosofias do Aikido e da Polícia Militar. Ambas, percebendo que a agressão parte de um espírito desequilibrado, de alguém que necessita ser controlado (e jamais agredido em resposta).
Destarte, fazia-se necessário este seminário, no qual Policiais militares, Guardas municipais, e outros profissionais de segurança do cidadão pudessem demonstrar parte do método que aprendem na escola BuTokuDen para perfeita execução de sua missão institucional, com equilíbrio, firmeza, e eficácia, mantendo a própria segurança, e assegurando a integridade física do cidadão sob custódia.
A execução nada deixou a desejar em relação ao que foi planejado. O ginásio do COPM foi palco de momentos de beleza, de refinadas técnicas, e de atitudes leais entre os praticantes, tendo havido esmero na montagem do Dojo, e no cerimonial de recepção dos convidados para a solenidade de abertura, com um sistema de som impecável.
As aulas foram desenvolvidas nos horários marcados, não se registrando qualquer acidente; aliás, uma conseqüência natural, já que existiu todo um cuidado no planejamento da dimensão do Dojo a fim de que a prática se realizasse sem perigo para os inscritos, inclusive nos treinos com as armas (Jo e Bokken).
Quem não compareceu, na condição de praticante de Aikido, ou na condição de espectador nas arquibancadas do ginásio, sem dúvida perdeu uma ótima oportunidade.
Eu tive a felicidade de estar lá!
Alcino Lagares